Ampliação de Subestações Elétricas: desafios e boas práticas técnicas

GSAND | Energia e Automação

Ampliação de Subestações Elétricas: desafios e boas práticas técnicas

A ampliação de uma subestação elétrica é um processo que exige precisão, planejamento e total domínio técnico. Diferente de uma instalação nova, o trabalho ocorre em um ambiente já energizado e integrado a sistemas existentes — o que torna o controle de riscos e a compatibilidade entre os equipamentos pontos críticos do projeto.

O principal objetivo da ampliação é aumentar a capacidade de transformação ou de distribuição de energia, acompanhando o crescimento de carga de um empreendimento industrial, hospitalar, comercial ou condominial. No entanto, isso não significa apenas adicionar novos equipamentos. Envolve também a revisão da seletividade, da proteção e da confiabilidade operacional de todo o sistema elétrico.

Entre as etapas mais importantes estão:

  • Análise de demanda atual e futura, com base no histórico de consumo e no fator de simultaneidade;

  • Estudo de curto-circuito e coordenação de proteções, para ajustar relés e disjuntores;

  • Adequação de barramentos, chaves seccionadoras, transformadores e cabos de potência;

  • Integração de sistemas de automação e supervisão, quando aplicável;

  • Atualização dos diagramas elétricos, memoriais e relatórios técnicos conforme as normas NBR 14039, NBR 5410, NR-10 e ABNT IEC 62271.


Outro ponto essencial é a interação com a concessionária local, já que a ampliação frequentemente requer novos estudos de ponto de entrega, medições e adequação do sistema de aterramento e proteção contra surtos (SPDA).

Uma ampliação bem executada não é apenas uma expansão física: é uma evolução do sistema elétrico, que garante estabilidade, segurança e flexibilidade para o crescimento futuro da operação.